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An AI wake-up call from Ancient Greece por Adrienne Mayor
Em discussões a respeito das implicações da inteligência artificial (IA), quase sempre alguém evoca o antigo mito grego da caixa de Pandora. Nas versões modernas de contos de fada dessa história, Pandora é descrita como uma jovem mulher tragicamente curiosa que abre uma urna selada e inadvertidamente libera a miséria eterna sobre a humanidade. Como o gênio que escapou da garrafa, o cavalo que fugiu do estábulo e o trem que deixou a estação, o mito se tornou um cliché.
Ainda a verdadeira história de Pandora é bem mais apropriada a debates sobre IA e aprendizado de máquina [1] do que muitos imaginam. O que isso mostra é que é melhor ouvir os "Prometeanos" que estão preocupados com o futuro da humanidade do que os "Epimeteanos" que são facilmente ofuscados pelo prospecto de ganhos de curto prazo.
Um dos mais antigos mitos gregos, a história de Pandora foi registrada primeiramente mais de 2.500 anos atrás, na época de Homero. No conto original, Pandora não era uma garota inocente que sucumbiu à tentação de abrir um jarro proibido. Em vez disso, como o poeta Hesíodo nos conta, Pandora foi "fabricada, não nascida".
[1]: Do inglês machine learning